Os nossos alunos já apresentaram a sua participação no Palavras Soltas 2017 - Projeto de Expressão Literária e Artística organizado pelas Bibliotecas Escolares do Concelho de Gondomar.
quarta-feira, 22 de março de 2017
23 de março - Dia da Felicidade
TAL BEN-SHAHAR: «A FELICIDADE DEPENDE DA FORMA COMO
OLHAMOS O MUNDO»
Parte inferior do formulário
O escritor e conferencista não é fã de livros de auto-ajuda, que prometem a
felicidade em dez passos, mas garante que esta não é tão difícil de alcançar
como pensamos.
Escritor, conferencista e antigo professor de Psicologia Positiva e
Psicologia da Liderança, em Harvard, onde se formou em Filosofia, Psicologia e
Comportamento Organizacional, Tal Ben-Shahar ficou mundialmente conhecido como
o homem que dava «cursos de felicidade» – os mais procurados da prestigiada
universidade norte-americana. Não é fã de livros de auto-ajuda, daqueles que
prometem a felicidade eterna em dez passos, mas garante que a felicidade não é
tão difícil de alcançar como pensamos.
Quem o ouve, fica com a ideia de que é fácil ser feliz. Porque é que a
maioria das pessoas não o é?
Primeiro, porque as ideias são fáceis de perceber mas difíceis de aplicar. A chave é fazer delas hábitos. Segundo, porque as expetativas das pessoas sobre o que é a felicidade são geralmente erradas. A dor e o sofrimento fazem parte da vida, exceto da dos psicopatas. Ou dos mortos. As nossas expetativas têm de ser realistas, porque se pensamos que vamos estar felizes o tempo todo, inevitavelmente sentir-nos-emos frustrados.
Primeiro, porque as ideias são fáceis de perceber mas difíceis de aplicar. A chave é fazer delas hábitos. Segundo, porque as expetativas das pessoas sobre o que é a felicidade são geralmente erradas. A dor e o sofrimento fazem parte da vida, exceto da dos psicopatas. Ou dos mortos. As nossas expetativas têm de ser realistas, porque se pensamos que vamos estar felizes o tempo todo, inevitavelmente sentir-nos-emos frustrados.
A forma como olhamos a realidade pode ser uma das chaves para uma vida mais
feliz. Há uma predisposição maior do ser humano para ver o lado negativo?
Sim. E há razões para isso. Historicamente, o pessimismo era uma vantagem evolutiva, porque havia muitos perigos e tínhamos de estar sempre a olhar para trás para sobreviver. Mantemos a estrutura mental e a herança genética dos nossos primitivos antepassados, que é pessimista e preocupada e ansiosa. Por outro lado, as coisas negativas são a exceção e por isso são essas que chegam às primeiras páginas dos jornais – terrorismo, acidentes, guerras, ódios, mortes – enquanto todas as coisas boas que acontecem todos os dias, em todo o mundo, a toda a hora, não são notícia. E isso distorce a realidade.
Sim. E há razões para isso. Historicamente, o pessimismo era uma vantagem evolutiva, porque havia muitos perigos e tínhamos de estar sempre a olhar para trás para sobreviver. Mantemos a estrutura mental e a herança genética dos nossos primitivos antepassados, que é pessimista e preocupada e ansiosa. Por outro lado, as coisas negativas são a exceção e por isso são essas que chegam às primeiras páginas dos jornais – terrorismo, acidentes, guerras, ódios, mortes – enquanto todas as coisas boas que acontecem todos os dias, em todo o mundo, a toda a hora, não são notícia. E isso distorce a realidade.
Porque é que há pessoas que têm tudo para ser felizes e não são e outras,
que têm uma vida terrível, ; mantêm o otimismo?
Porque, garantidas as necessidades básicas – comida, casa, saúde, educação –, a felicidade depende da forma como olhamos o mundo e do nosso estado de espírito e não do estado da nossa conta bancária. Mas dinheiro não contribui para a felicidade, o que contribui é estar com as pessoas que amamos e que nos amam, os amigos e a família, fazer exercício físico regular, expressar gratidão pelo que temos e não tomarmos as coisas, e as pessoas, por garantidas. O problema é que cada vez mais pessoas procuram a felicidade no lugar errado.
Porque, garantidas as necessidades básicas – comida, casa, saúde, educação –, a felicidade depende da forma como olhamos o mundo e do nosso estado de espírito e não do estado da nossa conta bancária. Mas dinheiro não contribui para a felicidade, o que contribui é estar com as pessoas que amamos e que nos amam, os amigos e a família, fazer exercício físico regular, expressar gratidão pelo que temos e não tomarmos as coisas, e as pessoas, por garantidas. O problema é que cada vez mais pessoas procuram a felicidade no lugar errado.
Os livros que têm a frase «como ser feliz» no título vendem muito.
Sim, mas muitas das mensagens transmitidas por alguns desses livros levam a mais frustração a longo prazo porque prometem a felicidade fácil, para a vida toda, como os sorridentes autores na capa. É necessário uma visão mais realista da felicidade e da vida.
Sim, mas muitas das mensagens transmitidas por alguns desses livros levam a mais frustração a longo prazo porque prometem a felicidade fácil, para a vida toda, como os sorridentes autores na capa. É necessário uma visão mais realista da felicidade e da vida.
Não é fã de livros de autoajuda?
Sou fã da autoajuda porque acredito que as pessoas podem ajudar-se a si próprias, mas não sou fã de livros que prometem de mais e oferecem de menos. Prometem felicidade eterna quando não podem garanti-la. Ninguém pode.
Sou fã da autoajuda porque acredito que as pessoas podem ajudar-se a si próprias, mas não sou fã de livros que prometem de mais e oferecem de menos. Prometem felicidade eterna quando não podem garanti-la. Ninguém pode.
Disse na sua conferência que ninguém viria ajudar-nos. A felicidade
depende só de nós?
Não. Claro que as circunstâncias externas e o ambiente e as pessoas que nos rodeiam são determinantes. Mas não temos controlo sobre o que os outros fazem ou dizem, temos é sobre o que dizemos, pensamos ou fazemos, e por isso devemos focar-nos nas nossas ações e no que podemos fazer, dadas as circunstâncias. É mais fácil ser feliz num ambiente em que todos são solidários e amigos e generosos, mas a realidade não é sempre assim. Trata-se de lidar com a realidade da melhor forma que pudermos.
Não. Claro que as circunstâncias externas e o ambiente e as pessoas que nos rodeiam são determinantes. Mas não temos controlo sobre o que os outros fazem ou dizem, temos é sobre o que dizemos, pensamos ou fazemos, e por isso devemos focar-nos nas nossas ações e no que podemos fazer, dadas as circunstâncias. É mais fácil ser feliz num ambiente em que todos são solidários e amigos e generosos, mas a realidade não é sempre assim. Trata-se de lidar com a realidade da melhor forma que pudermos.
A resiliência é um dos aspetos mais importantes para uma vida feliz. Como
se treina?
A resiliência é como um músculo e, paradoxalmente, a melhor forma de lidar com a adversidade é sofrê-la. Para fortalecer os músculos, tem que os exercitar, pondo-os sob tensão. Para ganhar força psicológica, se quer cultivar a resiliência duradoura, tem de pôr as pessoas perante dificuldades. Por isso, quando falo com pais, sublinho a importância de não protegerem demasiado os filhos e de lhes colocarem dificuldades e contrariedades, para que aprendam a lidar com elas. É muito importante que as crianças aprendam a lidar com os falhanços e ganhem tolerância à frustração. Isto é fundamental para a resiliência e a felicidade ao longo da vida.
A resiliência é como um músculo e, paradoxalmente, a melhor forma de lidar com a adversidade é sofrê-la. Para fortalecer os músculos, tem que os exercitar, pondo-os sob tensão. Para ganhar força psicológica, se quer cultivar a resiliência duradoura, tem de pôr as pessoas perante dificuldades. Por isso, quando falo com pais, sublinho a importância de não protegerem demasiado os filhos e de lhes colocarem dificuldades e contrariedades, para que aprendam a lidar com elas. É muito importante que as crianças aprendam a lidar com os falhanços e ganhem tolerância à frustração. Isto é fundamental para a resiliência e a felicidade ao longo da vida.
Neste tempo das novas tecnologias e redes sociais, ser feliz é mais fácil
ou mais difícil?
Muito mais difícil. Mil amigos no Facebook não substituem um melhor amigo real e infelizmente as amizades estão a desfazer-se à medida que as relações entre as pessoas se estabelecem online. Os estudos dizem que os amigos e as relações são um elemento essencial da felicidade. Temos de tornar uma prioridade das nossas vidas a criação de relações reais, cara a cara.
Muito mais difícil. Mil amigos no Facebook não substituem um melhor amigo real e infelizmente as amizades estão a desfazer-se à medida que as relações entre as pessoas se estabelecem online. Os estudos dizem que os amigos e as relações são um elemento essencial da felicidade. Temos de tornar uma prioridade das nossas vidas a criação de relações reais, cara a cara.
O seu trabalho muda vidas?
É um privilégio trabalhar num campo como a psicologia positiva, porque, de facto, a pesquisa nesta área pode mudar vidas. Mudou a minha, para melhor. Vejo as emoções como o grande igualador, porque, boas ou más, as emoções tocam toda a gente, em todo o lado, independentemente da cultura, do estatuto social ou do nível de educação. E ajudar pessoas a tornarem-se um pouco mais felizes, estejam em Portugal ou nos EUA, na África do Sul ou no Japão, é a parte mais importante do meu trabalho.
É um privilégio trabalhar num campo como a psicologia positiva, porque, de facto, a pesquisa nesta área pode mudar vidas. Mudou a minha, para melhor. Vejo as emoções como o grande igualador, porque, boas ou más, as emoções tocam toda a gente, em todo o lado, independentemente da cultura, do estatuto social ou do nível de educação. E ajudar pessoas a tornarem-se um pouco mais felizes, estejam em Portugal ou nos EUA, na África do Sul ou no Japão, é a parte mais importante do meu trabalho.
[Esta entrevista foi publicada originalmente na Notícias Magazine em março
de 2015]
in: http://www.noticiasmagazine.pt/2017/tal-ben-shahar/
quarta-feira, 8 de março de 2017
Dia internacional da mulher
Data assinalada na biblioteca, com uma pintura alusiva ao tema da autoria da Prof. Diana Felizardo.
A história do Dia Internacional da Mulher
O 8 de Março é lembrando no mundo inteiro como o dia internacional da mulher. Mas, qual a origem da data? Classicamente, divulgou-se que no dia 8 de Março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.
A história guarda certa semelhança com o massacre de Chicago, que deu origem ao Dia do Trabalhador. Mas, apesar das duras repressões contra o movimento operário no período, pesquisas documentais jamais encontraram referência ao tal massacre de Nova Iorque. Outras hipóteses sugerem que durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente do Partido Social Democrata alemão, Clara Zetkin, teria proposto um Dia Internacional de Luta das Mulheres, que naquela altura ainda não tinham direito ao voto na maioria dos países europeus. Sabe-se que posteriormente, a II Internacional Socialista que na época ainda reunia nomes como Lenine e Rosa Luxemburgo, teria confirmado a necessidade da data, mas sem definir um dia. Assim, cada país tinha o seu dia que se voltava para greves, manifestações e toda forma de luta que chamasse atenção para as condições de trabalho das mulheres e a discriminação social.
No dia 8 de Março de 1917 teve início uma greve de tecelãs e costureiras, em Petrogrado, na Rússia e não nos Estados Unidos. Nesse dia, um grande número de mulheres operárias, na maioria tecelãs e costureiras, saíram às ruas em manifestação por pão e paz e declararam-se em greve. A Rússia encontrava-se arrasada, pois naquela altura estava envolvida na I Guerra Mundial. A manifestação foi um dos acontecimentos que conduziu à primeira fase da Revolução Russa. O processo revolucionário resultou na queda do czarismo e na instalação de uma república parlamentar que duraria só até Outubro, quando ocorre a Revolução Socialista Russa. A Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscovo, em 1921, adopta o dia 8 de Março como data unificada do Dia Internacional da Mulher, para celebrar a greve das costureiras de 1917. A partir daí, a data propagou-se mundo fora.
Em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de Março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.
No dia 8 de Março de 1917 teve início uma greve de tecelãs e costureiras, em Petrogrado, na Rússia e não nos Estados Unidos. Nesse dia, um grande número de mulheres operárias, na maioria tecelãs e costureiras, saíram às ruas em manifestação por pão e paz e declararam-se em greve. A Rússia encontrava-se arrasada, pois naquela altura estava envolvida na I Guerra Mundial. A manifestação foi um dos acontecimentos que conduziu à primeira fase da Revolução Russa. O processo revolucionário resultou na queda do czarismo e na instalação de uma república parlamentar que duraria só até Outubro, quando ocorre a Revolução Socialista Russa. A Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscovo, em 1921, adopta o dia 8 de Março como data unificada do Dia Internacional da Mulher, para celebrar a greve das costureiras de 1917. A partir daí, a data propagou-se mundo fora.
Em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de Março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.
wikipedia (imagens)

Membros da Women's International League for Peace and Freedom, em Washington, D.C., 1922.

Poster alemão de 1914 em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, conclama o direito ao voto feminino

Clara Zetkin e Rosa Luxemburgo, 1910
in: http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2017/03/a-historia-do-dia-internacional-da_8.html
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